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Na França

Amigos, estou curtindo umas merecidas férias aqui na França. Mas nao abandonei o blog…

Hoje fui numa loja de Paris onde se encontra nao somente excelentes acessorios para bonsai, mas tambem uma boa conversa e exemplares magnificos!

Aqui estao algumas fotos!

Um ficus retusa (reparem o fantastico nebari):

Uma jaboticabeira (eles tinham varias, todas vindo de Java, e nao do Brasil…):

Um nebari impressionante (ficus retusa):

A arvore inteira:

Ao lado de uma floresta. Esqueci o nome da especie, mas assim aue me lembrar, escrevo aqui…

O aue da para encontrar na frente da loja… Essa primeira, tem 1,10 metros de altura…

Depois posto mais algumas…

Abraços a todos!

Mostrei várias imagens nos últimos posts do meu bougainville. Foi a minha primeira planta. E é a que tenho mais carinho. Pode não ser a mais bonita, mas foi a que mais sofreu com a minha inexperiência, tentativas de podas, etc. Mas sobreviveu e é responsável por um bocado de gente com torcicolo aqui na cidade. Tem sempre alguém parado olhando para cima (ele fica na janela em uma avenida muito movimentada). Gostaria então de apresentar aqui a evolução que ele teve, desde maio de 2006 (não bati fotos de como estava antes, porque estava louco para trabalhar em meu primeiro futuro bonsai) até hoje. Desde que era um galhinho sem graça que comprei por 1 real (porque insisti em pagar, a dona do horto estava querendo se livrar daquela mudinha feia) até o esplendor das flores atuais (até agora, porque elas começaram a cair e hoje à noite ainda vou podar um bocado). Aqui vai a sequência:

O início:

8 meses depois:

Mais 2 meses (10 meses após o início de tudo):

Uma projeção feita às pressas antes de uma nova estilização:

E como está hoje, 2 anos e 4 meses depois de começar na arte (pena que sem as folhas para comparar, mas daqui a pouco elas virão…):

Todo mundo junto:

Nenhum desses vasos é o definitivo. Ainda falta escolher um de alta temperatura que seja perfeito para essa planta… Se bem que eu gosto muito do contraste da cor do último vaso com as flores. Mas ainda não é esse…

E a vida continua…

Novo futuro bonsai

Hoje eu fui fazer um treino de bike e acabei indo parar no Horto Conquista, da D. Emiko e Seu Namizo Nakahara. Já fazia um tempo que não ia lá. Até porque, como já expliquei, acabou o espaço! Conversamos muito, sobre bonsai e sobre japão. Para quem não sabe, Nova Friburgo tem uma colônia japonesa muito grande e presente. Também acabei comendo um yakissoba (depois ainda tinha que pedalar 30 Km de volta, mas como resistir?) por lá. Eles têm muito material interessante para bonsai; áceres, copaíba, sibipiruna, pau-ferro, umê, marmelo japonês, etc.; são plantas que são um pouco mais difíceis de serem encontradas dependendo de onde moramos. Sempre dou uma rodada para ver o que tem. Hoje fui ver se não encontrava algum material interessante para fazer mais um mame (estou restrito a isso agora: no máximo um shohin com 15-18 cm). Vi muita coisa boa, já ia levando mais um pau-ferro e uma copaíba, mas indo um pouco além encontrei um bougainville monstro. Fantástico para bonsai. Com áreas que estão mortas e podem ser trabalhadas com tranquilidade, muita brotação e muito vigor por todo canto. Aqui está uma foto dele (está ruim, mas é de celular, então não dá para exigir muito dele…):

Clique na foto para ver em tamanho maior…

A base tem 16 cm de diâmetro. Será um bonsai bem grande, mas é claro que não ficará em casa. Vou trabalhá-lo no próximo final de semana no sítio dos meus pais, onde será a moradia dele durante um tempo. Depois, quem sabe não consigo encontrar um lugar maior para morar (e ter muito mais plantas…)?

Então, aguardem. No próximo final de semana, o passo-a-passo em fotos aqui…

É bagunçado, mas vale a pena

Morar em apartamento e ser fanático por bonsai é complicado. Possível, mas complicado. Normalmente não dá para ter muitos, mas como se impedir de aquirir um novo material? E assim, vai aumentando a quantidade. Aqui, uma foto do que era o meu quarto (agora o “espaço do bonsai”):

Mas vale a pena, quando podemos ver isso na janela:

Ou isso:

Nessa última, da esquerda para a direita: a floresta de jabuticabeiras, o bougainville, uma muda (estaca) de ficus retusa, um juniperus procumbens (tuia jacaré), um pithecolobium e um ácer tridente ainda pelado (está brotando loucamente, é o da desfolha).

Essa é uma das janelas. À esquerda da foto ainda tem copaíba, piracanta e mini ficus boni. À direita tem mais um ácer tridente, duas serissas e um buxinho mame. Na outra janela tem muda de ficus retusa (outra estaca), ipê amarelo, jabuticabeira, dois áceres tridente mame, sharinbai (que está repleto de flores e frutos, em breve umas fotos), caliandra mame, zelkova, ulmus, a florestinha de serissa mame e uma copaíba semi cascata.

Essa última copaíba passou pela retirada da ráfia (que já estava apodrecendo) e dos arames. O resultado está bem legal e em breve posto uma foto (esqueci a câmera no trabalho e o celular só deu para as fotos acima porque tinha bastante luz). Ainda tem muitas outras plantas que ocuparam o quarto, como puderam ver na foto lá de cima…

Poder ver isso na janela, bem pertinho e morando no centro da cidade não tem preço. É sempre uma sensação muito gostosa e gratificante. É bagunçado e complicado, mas vale muito a pena. Sempre!

Projeto Bonsai

Olha aí, pessoal. Esta é uma dica de um site muito bom sobre bonsai. O Projeto Bonsai, do Vinícius Costa. Tem muita informação sobre diversas espécies, passo-a-passo, visitas a viveiros (tem Hidaka e Luciano), trabalhos pessoais do Vinícius (excelentes) e muita, muita mesmo, didática. O cara está realmente ajudando quem começa e também quem já tem um pouquinho de experiência. Hoje fui conhecer o site e adorei. Quem for lá, vai devorar cada um dos posts. Tem muita coisa para aprender por lá! Confiram.

http://www.projetobonsai.com/

Pessoal, aqui vai uma modesta tentativa de explicar um método de produção de ramificação fina nos bonsai. Algo que deve ser buscado desde o início, porque senão, o que teremos será apenas um galho e não uma árvore.

Na natureza, a estrutura de uma árvore produz lentamente ramificações que, a partir do tronco, serão secundárias, terciárias, etc. Se repararmos na foto acima (uma sibipiruna que fica na Praça do Suspiro em friburgo), veremos um galho bem grosso (é um secundário) que vai afinando em pequenas ramificações.

Devemos buscar o mesmo em um bonsai, se quisermos oferecer a sensação de uma velha árvore no campo. É claro que nunca conseguiremos a mesma ramificação (e nem o mesmo número de folhas) de uma árvore em tamanho grande. Mas busca-se a sensação que se pode encontrar no efeito de escala. Mas existe um obstáculo inicial: os entrenós e a própria forma como o galho é construído pela planta. Vejamos como é a fisiologia do galho::

um galho normalmente vai produzindo folhas a partir de pequenos brotos em entrenós cada vez mais longos (o que não fica explícito no desenho, mas é assim). Na base de cada folha, entre o cabinho (pecíolo) e o galho, existe um broto latente e, no final do galho, um broto terminal. Se tudo correr bem (para a planta), apenas o broto terminal se desenvolve, isto é, produz uma folha e depois continua em frente. os brotos na base das folhas ficam dormentes e não se desenvolvem. Eventualmente, o galho acaba quebrando, ou a seiva demora demais para percorrer o caminho até o broto terminal, ou determinados hormônios agem, e os brotos latentes acabam eclodindo, fornecendo um novo galho.

Aqui está um exemplo com um bougainville (o galho do fundo, esquecam as flores, se puderem):

Este é um bougainville que fica na praça em frente ao Supermercado Cavalo Preto, aqui em Friburgo.

Mas dá para ver perfeitamente como os galhos do fundo se desenvolvem. Vai crescendo reto, até não dar mais. No galho com as flores (na verdade folhas modificadas chamadas brácteas, as flores reais ficam dentro delas e é branquinha), estas cresceram após a queda das folhas que ali estavam, mas depois caem e nascem novas folhas no lugar. Tudo muito bonito, tudo muito legal, mas assim não dá para fazer bonsai!!! É preciso podar o broto terminal para o galho parar de crescer em extensão e permitir aos brotos latentes eclodirem em novos galhos. Um exemplo:

Explicando: podando-se o broto terminal, a planta manda os brotos latentes acordarem e lançarem novos galhos. Futuramente as folhas que estavam naquele lugar cairão, nascendo um novo galho com as mesmas propriedades do primeiro na base de cada folha antiga. Com a maior quantidade de folhas presente, mais seiva, mais hormônios e consequentemente, o galho começa a engrossar. Ele engrossa de acordo com o número de folhas e circulação da seiva. Lembre-se que esses novos galhos se portarão como o primeiro, isto é, começarão a crescer sem parar, emitindo novas folhas, mas agora, no exemplo, são quatro galhos com folhas. Também por isso, as folhas diminuem de tamanho, uma vez que conseguem sintetizar mais clorofila através da fotossíntese e não é mais necessário uma grande área foliar. Uma excelente maneira de estimular a ramificação fina nos bonsai. Mas tem um porém… Lembram-se dos entrenós longos? Este método serve para quando o galho já possui entrenós interessantes e folhas bem posicionadas. Mas se os entrenós estão longos, o que fazer? Resposta: Poda-se não o broto terminal, mas logo após a primeira folha (atenção, algumas plantas precisam mais folhas…). Assim:

Aqui, o galho irá engrossar menos, pois não aumentou significativamente a quantidade de folhas, aliás até diminuiu a quantidade (estas também não diminuem tanto), mas agora, os entrenós começarão a ficar menores. Este método produzirá uma ramificação fina mais próximo ao tronco, o que é desejável no bonsai. O processo será mais longo, mas produzirá uma ramificação mais controlada. Uma comparação entre os dois métodos:

No final, o melhor é unir os dois métodos num só: o Cortar e deixar crescer. É simples: se os entrenós estão curtos, deixa-se crescer e poda-se o broto terminal (bom para jaboticabeiras, bougainvilles e outras plantas com essa característica). Nos galhinhos que nascerem, pode-se deixar crescer e repetir a poda do broto terminal ou podar após a primeira folha. E o tronco vai engrossando. Mas se os entrenós têm tendência a aumentar de acordo com o crescimento do galho (ácer, pithecolobiuns…), é melhor podar após a primeira folha (ou primeiro par de folhas para as plantas que emitem duas folhas, uma de cada lado, como os áceres). Outra forma (muito usada nos áceres e coníferas, mas essas têm um comportamento diferente a ser explicado em outro post) de poda é a pinçagem, retirando o broto terminal logo após a emissão da primeira folha (ou par):

Unindo as duas técnicas numa só, é possível deixar crescer o galho para engrossá-lo e depois podar curto, após a primeira folha, obtendo o melhor dos dois mundos. Cortar, deixar crescer (engrossa), cortar…

A técnica aplicada em meu mini ficus (natal 07-hoje):

E é assim que se obtém um monstro como esse:

Ou até esse:

São plantas de dois franceses (Vev e Law – nomes de guerra) que aperfeiçoaram a técnica a ponto de quase exagero… Mas um fantástico resultado.

É isso aí, espero que tenham apreciado e tido a paciência de chegar até aqui (Ei! Se você não tem paciência, tá fazendo o que com bonsai?). Essa técnica é a que empreguei no post anterior com o buxinho. Aproveitando os galhos já grossos, mas com entrenós longos, podei logo após a primeira ou segunda folha, de acordo com a necessidade. O resultado será demorado, mas muito melhor esteticamente.

Em breve novos tutoriais e técnicas. Aguardem! Me despeço com uma aquarela digital, que representa uma paisagem do Nova Friburgo Country Clube (cliquem sobre a imagem para vê-la maior) ou aqui para maior resolução. O legal na arte é a sugestão de árvores. Aprendi muito com o bonsai para fazer isso…

Mais uma vez, o buxinho

Pessoal, bonsaísta tem que ter alguns pré-requisitos: paciência, coragem, paciência, estudo, paciência, amar a natureza e……….. paciência.

Estou trabalhando nesse buxinho desde domingo. Fui retirando aos poucos os galhos mais finos, os embolados, os que atrapalhavam a estética (naturalística), os que iam reto para cima, os que iam reto para baixo, os que cruzavam o tronco, enfim, seguindo as regras principais da arte.

Mas chega um momento em que é preciso pensar bem no futuro da planta. Esse buxinho estava sendo feito para topiaria. O negócio era ter uma maçaroca de galhos em forma de bola, como vemos em muitas calçadas, jardins, etc. Só que isso não é bonsai. Um bonsai precisa dar a ilusão de uma árvore velha, que viu passar muitos namorados sentarem sob a sua sombra, crianças subindo, pássaros pousando…

Isso não acontece com entrenós longos, galhos finos mal colocados e uma ramificação pobre. Eu queria que o meu buxinho fosse como a árvore acima. Uma jovem anciã… E o trabalho que fiz até ontem ficou até bacana, mas haviam defeitos que seriam impossíveis de corrigir futuramente. Então resolvi radicalizar!

A idéia seria remover os galhos terciários e deixar, no máximo, alguns galhos primários. reconstruir a árvore a partir dos brotinhos na base das folhas. E o resultado foi esse:

Frente:

Costas:

Comparação entre ontem e hoje:

Agora é ter paciência, esperar uns 3 anos até os galhos terem se reformado. Vai demorar ainda mais uns 2 anos depois disso para ter o resultado desejado, mas vai valer a pena esperar 5 anos para isso. Só não podei ainda mais baixo porque já li que buxinho tem tendência a secar um galho caso fique completamente sem folhas. No final, devo conseguir obter um bonsai com uns 25 a 30 cm de altura (ontem estava com 34), com um tronco bem grosso. Irei postando a evolução dele. Acredito que ele vai me ensinar muito. Ainda não tinha tentado um procedimento tão radical antes. Veremos o resultado.

Alguns bonsai

Como fiquei muito tempo sem postar (claro que durante o inverno tudo estava muito feio), aqui estão algumas fotos atualizadas de alguns bonsai. Conforme os outros forem retornando à vida normal, postarei aqui também. Meu ritmo agora será o mesmo que o das plantas… Primavera, retorno total. Aguardem novidades aqui no blog.

Bougainville:

Florestinha de serissas e ácer mame:

Copaíba mame han-kengai (esse sobreviveu a um ataque de cochonilhas:

Ficus boni mame (meu xodó do momento):

O espaço no apê acabou. Agora vou ter que maneirar nas novas aquisições, mas vou poder focar na qualidade… E acompanhar bem de perto aqueles que já tenho. Feliz primavera para vocês!

Novo buxinho – passo a passo

Como prometi, um passo a passo do trabalho. Hoje ainda eliminei mais uns galhos, mas ainda tem muito trabalho e paciência pela frente. Aproveitem!

Clique aqui para ver as fotos

Novo bonsai

Olha aí, pessoal!

Meu espaço acabou! Não dá para fazer mais porque moro em apartamento. Por isso (e também porque, assim como as plantas, precisamos descansar um pouco) fiquei sem postar há um tempão. Mas ontem eu não resisti e acabei comprando uma peça na qual estava de olho há uns 4 meses. É um buxinho. Me chamou a atenção a qualidade dos galhos, o vigor e, principalmente, a expessura do tronco. Aqui estão algumas fotos dele. Amanhã eu posto o passo-a-passo, porque dessa vez, tirei muitas fotos. Vai dar para explicar todos os procedimentos, desde a poda aérea, escolha da frente, aramação e poda de raízes. Aguardem! E viva a primavera!!!!

Antes do trabalho:

Detalhe do tronco:

Mçaroca de galhos; precisava realmente aliviar a planta para o sol chegar aos galhos do centro:

E o trabalho pronto (amanhã o passo-a-passo):

Eugenia microphylla

Olha aí o último trabalho…

Eugenia micophylla

É uma Eugenia microphylla (ou talvez uma Eugenia sprengelii, mas desconfio que seja a mesma coisa). Não confundir com a Pitangueira, que também é uma Eugenia (Eugenia uniflora). Essa tem o nome comum de Eugênia ou Murta. É muito usada em topiaria, possui muita ramificação, folhas pequenas e abundantes, flores brancas pequenas e frutinhos vermelhos.

Pela ramificação abundante, possibilidade de flores e frutos, passa a ser uma espécie muito interessante para a cultura em bonsai. Já faz um bom tempo que eu queria fazer uma, mas procurava um exemplar menor. Como não encontrei, fiz esse mesmo, com 40 cm de altura. Originalmente, a planta tinha uns 55 cm… Tirei cerca de 70% dos galhos originais. Vamos ver como vai progredir. É o meu primeiro exemplar seguindo a linha naturalística (estilo que não é tão desenhado, como os clássicos japoneses, mas deve ficar parecendo que a mão do homem nunca tocou na árvore. Uma verdadeira árvore em miniatura), que tem como maior expoente o Sr. Walter Pall, da Alemanha.

Pessoal, eu estive no último sábado no Rio de Janeiro para uma oficina da SBBo na Chácara Tropical, no Itanhangá. Um lugar cercado de verde mas, apesar disso, o calor estava realmente muito forte… Plantas maravilhosas estão lá, algumas com valor quase incalculável. E mais incalculável ainda, foi poder conhecer e ver trabalhar o Roberto Gerpe, um dos maiores bonsaístas brasileiros (eu acho ele o melhor). Uma pessoa extremamente simpática e aberta. Com ele aprendi muito mais em um dia do que desde o começo na arte. Mas chega de palavras. Vamos às fotos:

 Fotos da oficina, clique aqui.

Fotos de algumas das plantas da Chácara Tropical, clique aqui.

Desenhos e estudos

Pessoal, no post anterior eu comentei que procurei por uma planta para se ajustar a um desenho. Então quero mostrar aqui alguns dos meus desenhos para talvez alguém encontrar uma planta para eles…

Clique aqui para ver as fotos

Um Shimpaku

Amigos, neste final de semana acabei fazendo mais uma aquisição de material para bonsai. Um Shimpaku.

Clique aqui para ver as fotos.

Serissa em flor

Amigos, não atentem para a estética, porque ela está sem freio de mão… Vai crescer solta, sem podas, até o fim do inverno. O objetivo será o de obter uma grande massa foliar para depois selecionar melhor. De qualquer forma, ela será sempre uma cabeluda, tanto porque gosto de grandes massas de verde quanto por produzir um número muito maior de flores. Como ela está cheinha, apesar das chuvas (senão seria um absurdo de foto), gostaria de compartilhar com vocês…

O Rochedo

Amigos, caminhando ao lado da arte do Bonsai, existem alguns outros arranjos estéticos que enriquecem e acabam fazendo parte do nosso arsenal. A arte do ikebana, por exemplo, ou o suiseki. Suiseki é a arte de visualizar pedras. São pedras que podem dar a impressão de uma paisagem ou de um animal ou forma definida. Podem ser apresentadas sobre uma bandeja com água ou areia ou então sobre uma base de madeira (daiza) confeccionada especialmente para aquela pedra seguindo seus contorno. Existem alguns suisekis maravilhosos. Além do suiseki, uma arte que é até mais antiga do que o bonsai japonês, é o penjing chinês. Neste caso pode representar uma única árvore (fica igual ao bonsai, mas pode ter alguma decoração) ou uma paisagem em miniatura, usando pedras, árvores, água, elementos decorativos como pessoas ou pontes, casinhas, etc.

Hoje eu fui procurar pedras para fazer um bonsai no estilo raiz-sobre-pedra, que me parece ser muito interessante e nunca havia tentado. Mas encontrei uma pedra bem bacana que me deu imediatamente a impressão de ser um rochedo, uma ilha no Oceano Pacífico. Daí coletei musgo, limpei a pedra (não demais, porque queria um aspecto bem rústico) e comprei um prato branco bem bonito (e caro, infelizmente…) e um vidrinho de anilina azul. Depois foi só decorar a pedra com musgo (ainda precisa pegar) e o prato com areia. Colocando água com tintura azul, dá-se o efeito de “águas do pacífico”. O resultado é esse:

 O resultado me agradou bastante, mas estou em dúvida se se trata de um suiseki ou um penjing. Mesmo sem usar árvores, constitui um penjing por parecer uma paisagem em miniatura: uma ilha no pacífico vista bem de longe.

O que acham? Comentem!

Amigos, como publicitário, diretor de arte, estudei e continuo estudando as técnicas e teorias que levam à apreciação de uma arte qualquer. A teoria da cor, por exemplo, permitiu um rápido crescimento nas misturas e tonalidades que surgiram na pintura do renascimento. E também na televisão, que sintetiza todas as cores visíveis pelo olho humano usando 3 apenas como base. São teorias científicas que tentam explicar a estética da mesma maneira que a música é uma função matemática (as notas são identificadas matematicamente e o encadeamento delas segue uma rigorosa estrutura matemática que se chamou de acordes, escalas, etc.). Não são teorias que explicam a subjetividade ou a emoção ressentida, mas apenas o porquê de uma grande obra ser harmônica ou não.
Uma das teorias mais estudadas em design, de arte ou industrial, é a teoria da Gestalt, ou estudo da forma. Sou adepto da escola gestaltista e procurei analisar alguns bonsai sob a ótica dessa teoria. Lembrando sempre que se trata de uma teoria apenas. Como acho legal e necessário dividir o conhecimento com todos de forma a crescermos com o debate e o estudo, escrevi um artigo ilustrado sobre a teoria da Gestalt aplicada à Arte do Bonsai. Está aqui para leitura em arquivo PDF. Para facilitar baixar, recomendo um clique com o botão direito e depois salvar link como…

Está disponível em três versões:

Baixa resolução (para quem não tem banda larga…)

Resolução média (para ser vista no monitor)

Alta resolução (para imprimir)

Espero poder contribuir com essa arte que me faz tão bem.

Em breve vou formatar o documento para poder ser lido sem a necessidade do Acrobat Reader, para ler online mesmo.

Desfolha de Ficus Boni

Clique aqui para ver as fotos

Pessoal, desfolhei!!!
Muita coisa interessante pode-se observar agora. A grande massa foliar que estava presente dificultou ver alguns defeitos na construção dos galhos. Na copa, alguns estão grossos demais e o tronco nesta parte parece reto na frente atual. Outro defeito que pode ser visto no detalhe é que a cicatriz resultante da quebra da antiga copa, está com um aspecto muit artificial e feio. Preciso usar o alicate bola para deixar uma cicatriz mais irregular e natural na área. Em relação aos galhos grossos da copa, vou passar a podá-los sistematicamente, deixado do tamanho que estão e parando seu engrossamento. Ao contrário, nos galhos baixos, é preciso que se desenvolvam para os lados e que engrossem bastante, por isso passarão uma temporada inteira sem podas. Em relação à retidão da copa, é só escolher uma nova frente. O nebari que está muito interessante permite várias frentes possíveis e interessantes. É questão apenas de composição.

O acer está refolhado!!!

Apenas para atualizar:

Em 13 de dezembro:

Hoje (1 de janeiro):

Bom, o design está avançando:

Detalhes:

Vejam novamente as imagens, a estrutura, o ambiente…

Essa florestinha vai virar um penjing (bonsai chinês onde é composta uma paisagem, com elementos adicionados, formando um lago, praia, pode ter animais, pontes, etc…) com alguns animais, pedras…

A idéia é compor um local impossível: um bosque céltico com jabuticabeiras!!! Pois fico imaginando druidas passando pelas árvores, animais como esquilos, pássaros… pessoas numa carroça subindo a estradinha…

Vou agora procurar os elementos necessários para compor isso e posto aqui o resultado. Será a união da flora brasileira com a história européia!